Os Estados Unidos pediram a "todos os países que convençam Teerã a aliviar a tensão" no Golfo, afirmou neste domingo o emissário americano para o Irã, Brian Hook.
Em uma entrevista coletiva, o diplomata disse que os Estados Unidos "não têm interesse em um confronto militar com o Irã, e reforçamos nosso dispositivo na região apenas por razões defensivas".
Os Estados Unidos decidiram em meados de junho para enviar 1.000 soldados adicionais para o Oriente Médio como aumento das tensões com o Irã e ataques a petroleiros no Estreito de Ormuz, uma passagem fundamental para as exportações de petróleo do mundo.
No final de maio, a administração do presidente Donald Trump já havia anunciado a presença de 1.500 soldados, após o envio para o Golfo de um navio de guerra e mísseis Patriot.
"Não há atualmente nenhum canal de comunicação indireto" com o Irã, disse Hook após se encontrar com o chefe da diplomacia kuwaitiana.
"O presidente (Trump) não enviou uma mensagem ao Irã (...), mas muitos países se ofereceram para nos ajudar a fazer uma desescalada da situação e encorajar o Irã a parar de ameaçar a região", acrescentou.
"Queremos que o Irã se comporte mais como um país normal e menos como uma causa revolucionária", acrescentou Hook.
"E, se pudermos imaginar um Irã pacífico, podemos imaginar um Oriente Médio pacífico", disse ainda.
"O regime iraniano é uma ameaça à liberdade de navegação na região", insistiu.
As tensões entre o Irã e os Estados Unidos aumentaram desde Washington decidiu maio 2018 unilateralmente retirar-se do acordo nuclear internacional alcançado em 2015, em seguida, retomar fortes sanções contra a economia iraniana.
* AFP