O governo da China reuniu representantes das grandes empresas do setor tecnológico e as advertiu de que sofrerão consequências se interromperem suas vendas para o país, informou a imprensa americana no sábado (8).
A reunião aconteceu depois de o presidente Donald Trump colocar o gigante chinês das telecomunicações Huawei em uma lista negra que a impede de ter acesso ao mercado americano.
A decisão de Trump se baseou em razões de segurança nacional e de ameaça dos negócios da Huawei a Washington, acusando a empresa de fazer espionagem para Pequim.
Na última semana, o governo chinês reuniu executivos das companhias americanas Dell e Microsoft e da sul-coreana Samsung, entre outros, para adverti-los de que qualquer redução de suas operações na China vai gerar represálias, relatou o jornal The New York Times.
Às empresas americanas, foi dito que "a determinação de Trump de privar as companhias chinesas de tecnologia americana afetou a cadeia mundial de fornecimento e que as empresas que seguirem essa política podem enfrentar consequências permanentes", acrescentou o NYT.
Já às empresas com sede fora dos Estados Unidos, foi dito que não serão penalizadas, desde que mantenham seus negócios normalmente, ainda de acordo com o jornal.
Na sexta-feira, o Facebook anunciou que deixará de pré-instalar seus aplicativos em aparelhos da Huawei com o objetivo de cumprir as normas americanas. Maior rede social do planeta, o Facebook isolou ainda mais a Huawei, segundo maior fabricante mundial de smartphones. No mês passado, o Google já havia feito um anúncio similar.