O líder opositor Juan Guaidó afirmou, nesta quinta-feira (23), que Nicolás Maduro deve decidir se permitirá uma transição, ou se sairá da Presidência "à força".
— São eles (o governo de Maduro) que vão decidir (...), se vai ser à força, ou se vão abrir uma porta para a transição — disse o líder parlamentar, reconhecido como presidente interino da Venezuela por cerca de 50 países, ao canal digital VPI.
As declarações de Guaidó surgem depois de, na semana passada, a Noruega promover discussões com representantes da oposição e do governo de Maduro, em uma "fase exploratória", para resolver a crise.
Vêm à tona também depois que os delegados de Guaidó se reuniram com chefes militares dos Estados Unidos, país que não descarta uma opção militar para derrubar Maduro.
Guaidó diz que a oposição mantém todas as opções sobre a mesa para conseguir o "fim da usurpação" do presidente socialista e que dê passagem para uma transição e para "eleições livres".
Representantes de Maduro e de Guaidó visitaram Oslo na semana passada no âmbito da iniciativa do país europeu de mediar o conflito.
Depois de esclarecer que ainda não houve um encontro cara a cara entre os delegados, Guaidó reiterou que a oposição não se prestará a "falsos diálogos" que deem oxigênio a Maduro.
Na última segunda-feira (20), seu representante nos Estados Unidos, Carlos Vecchio, reuniu-se com funcionários do Departamento de Estado e do Pentágono para analisar "todos os aspectos da crise da Venezuela".