O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou nesta terça-feira (21) às Forças Armadas que capturem os "traidores", após a fracassada revolta militar liderada pelo opositor Juan Guaidó, no final de abril. Ao lado do alto comando militar e de 12 mil soldados, a orientação de Maduro ocorreu durante ato no Estado de Carabobo, no norte do país.
— Se surge um traidor, capturá-lo imediatamente. É uma ordem: capturá-lo imediatamente! — ordenou.
Maduro determinou ainda "ativar" os "sistemas de armas (...) para tornar impossível ao imperialismo qualquer aventura", em referência aos Estados Unidos, que impuseram sanções financeiras à Venezuela e não descartam qualquer opção para remover o atual governo, inclusive a militar.
Em 30 de abril, Guaidó — chefe do Parlamento e autoproclamado presidente interino da Venezuela — liderou uma revolta militar que fracassou por falta de apoio da tropa.
Em razão do movimento, 14 deputados opositores foram denunciados e o vice-presidente do Legislativo, Edgar Zambrano, se encontra desaparecido após ser detido, segundo a oposição. Ele teria sido retirado da prisão na noite do dia 9 por agentes do regime de Maduro, mas não se sabe para onde foi levado. A informação foi divulgada pelos seus advogados e seu partido, o Ação Democrática.
Os demais estão refugiados em sedes diplomáticas ou foragidos. Desde que se proclamou presidente, em 23 de janeiro passado, Guaidó tem feito apelos aos militares para que retirem seu apoio a Maduro.