Cerca de 250 foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel neste sábado (4), que respondeu com bombardeios aéreos que mataram ao menos quatro palestinos. Diante dos ataques, Israel anunciou o fechamento das fronteiras de Gaza.
Esse foi o mais intenso disparo de foguetes contra Israel em um único dia nos últimos anos. Desde a manhã deste sábado, eles foram disparados por milicianos palestinos contra localidades do sul e do centro de Israel. Alguns foram interceptados pela defesa antimísseis e grande parte dos disparos atingiu áreas não habitadas. Os ataques deixaram pelo menos dois feridos.
Como represália, Israel fez dezenas de ataques aéreos e ao menos quatro palestinos morreram e 17 ficaram feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Entre as vítimas fatais estariam uma criança de um ano e a mãe, que estaria grávida. O exército israelense, no entanto, negou a versão e disse que a morte da mãe e da filha seria culpa de disparos palestinos.
No fim de março deste ano, com o apoio do Egito e da ONU, negociou-se um cessar-fogo na região, anunciado pelo Hamas, mas nunca confirmado por Israel. A trégua permitiu manter relativa tranquilidade durante as eleições legislativas israelenses no dia 9 de abril. Mas a situação voltou a ficar tensa nesta semana, com a retomada de disparos de foguetes e balões incendiários palestinos, assim como represálias israelenses.
Desde março de 2018, os palestinos se manifestam na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel contra o bloqueio do enclave e pelo retorno dos refugiados que foram expulsos ou tiveram que deixar suas terras após a criação de Israel, em 1948. Ao menos 270 palestinos morreram desde o início da mobilização, nas manifestações ou nos ataques israelenses como represália. Do lado israelense, dois soldados morreram.