O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, vai reestruturar seu gabinete, informou neste domingo (17) a vice-presidente Delcy Rodríguez. O anúncio ocorre após o pior apagão na história do país durante uma semana e em meio de uma forte ofensiva da oposição para tirá-lo do poder.
O chefe de Estado socialista "solicitou a todo o Gabinete Executivo pôr seus cargos à disposição, aos efeitos de uma reestruturação profunda dos métodos e funcionamento do governo bolivariano para blindar a Pátria (...) ante qualquer ameaça", destacou Rodríguez no Twitter.
Maduro atribuiu o apagão a "ciberataques" dos Estados Unidos com apoio da oposição, embora no sábado, durante um recorrido pelas principais centrais hidrelétricas, tenha prometido uma "transformação profunda" das empresas do setor.
Os cortes de eletricidade são frequentes no país petroleiro, e sistematicamente o ministro da Eletricidade, general Luis Motta, os atribui a sabotagens da oposição, que denuncia por sua vez abandono da infraestrutura e corrupção.
Em 7 de março, o apagão afetou 22 dos 23 estados venezuelanos, além da capital, Caracas, provocando a interrupção da água e o colapso do setor eletrônico bancário, vital diante da escassez de dinheiro vivo.
Cinco dias depois do corte, Maduro anunciou que o serviço de energia tinha sido restabelecido em quase toda a Venezuela.
A emergência obrigou a suspensão durante o dia de trabalho até a quinta-feira passada, enquanto as aulas serão retomadas nesta segunda-feira (18).