A Blair House, onde está hospedado o presidente Jair Bolsonaro, seu filho Eduardo e os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), é a casa de hóspedes do governo americano em Washington. Maior que a Casa Branca, residência oficial do presidente Donald Trump, conta com quatro andares, um porão e 15 suítes e salas de diversos tamanhos para reuniões e eventos.
Ao chegar à capital americana, no fim da tarde de domingo (17), Bolsonaro gabou-se numa rede social por se hospedar na Blair House. Segundo ele, essa era uma "honraria para pouquíssimos chefes de Estado".
Os três últimos presidentes brasileiros também ficaram na casa de hóspedes do governo americano: Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Quando um líder estrangeiro se hospeda no edifício, a bandeira de seu país é hasteada na porta da casa. É ali que os presidentes americanos eleitos ficam hospedados antes de tomarem posse e que as famílias de ex-presidentes mortos podem ficar durante o funeral como aconteceu com os Bush, por exemplo.
Em uma de suas salas, estão o último quadro e foto do ex-presidente dos EUA Abraham Lincoln antes de seu assassinato, em 1865. A suíte principal, onde está Bolsonaro nesta semana, foi redecorada em 2016, com móveis em tons pasteis e madeira clara. A construção do século 19 abrigava um complexo de quatro edifícios e, após reforma entre as décadas de 1950 e 1980, transformou-se em um único prédio conhecido como "o hotel mais exclusivo do mundo".
Desde a Segunda Guerra Mundial hospeda chefes de Estado, membros de famílias reais e presidentes eleitos o nome da casa foi dado em homenagem a Francis Preston Blair, que a construiu em 1859 para sua filha e genro.