O governo venezuelano de Nicolás Maduro decidiu fechar, nesta sexta-feira (22), a fronteira da Venezuela com a Colômbia no estado de Táchira. O trânsito ficará impedido nas pontes Simón Bolívar, Santander e Unión. As informações foram divulgadas pela vice-presidente do país, Delcy Rodríguez, no canal de notícias Telesur, de orientação chavista.
Na ponte Tienditas, que separa Táchira de Cúcuta, o presidente da Assembleia Nacional e autoproclamado chefe de Estado interino da Venezuela, Juan Guaidó, cruzou a fronteira para participar de um show chamado "Venezuela Aid Live", destinado a arrecadar ajuda humanitária para o país.
Guaidó foi recebido como chefe de Estado e se reuniu com o presidente colombiano Iván Duque.
Na quinta-feira (22), o presidente da Venezuela Nicolás Maduro decidiu ordenar o fechamento da fronteira com o Brasil.
Na tarde desta sexta-feira (22), o Exército venezuelano e a Guarda Nacional Bolivariana confrontaram manifestantes na cidade de Santa Elena de Uairén, município que faz fronteira com a cidade de Pacaraima, no Brasil. De acordo com o consulado brasileiro no local, a situação "tende a se agravar".
— Há cerca de 500 militares no enfrentamento com donas de casa, comerciantes e profissionais liberais, que somam cerca de 1,5 mil manifestantes — afirma a fonte do consulado.
De acordo com a missão diplomática brasileira, são 42 turistas brasileiros na cidade, mas não há informações sobre risco iminente. Quatro estão no consulado e foram avisados sobre a impossibilidade de seguir viagem. Outros 38 estão próximos à parte venezuelana do Monte Roraima e são aguardados no local.
Mais cedo, um confronto entre indígenas e militares venezuelanos deixou dois mortos. Ambas as vítimas foram mortas enquanto tentavam manter aberta uma estrada para a chegada de ajuda humanitária no país, de acordo com uma ONG de defesa dos direitos humanos. As vítimas seriam um casal.