O autodeclarado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, reiterou neste sábado (23) que a ajuda humanitária irá entrar no país. Ele lidera delegação com membros da oposição que tentará atravessar a fronteira, a partir da Colômfnicobia, levando cerca de 200 toneladas de alimentos e suprimentos médicos à população.
– Há ainda quem queira fechar a fronteira e impedir a entrada da ajuda. A ajuda irá entrar na Venezuela para salvar vidas. Essa ajuda respeita os direitos humanos do nosso país – disse Guaidó em entrevista neste sábado, em Cúcuta, na fronteira com a Colômbia.
Segundo ele, que estava acompanhado dos presidentes do Paraguai, Mario Abdo Benitez, da Colômbia, Iván Duque, e do Chile, Sebastian Pinera, a ação será um "movimento pacífico, mas firme". No pronunciamento, o líder opositor ao regime de Nicolás Maduro pediu ainda que a população acompanhe o movimento de forma pacífica e afirmou que a integridade desses venezuelanos é responsabilidade de quem "usurpa o poder".
O presidente autodeclarado pediu ainda para que a Força Armada Nacional da República Bolivariana da Venezuela (FANB) se posicione do "lado certo da história".
– A FANB terá garantias reservadas pela Constituição – destacou Guaidó, em referência às ameaças de Maduro aos militares que desertarem do bloqueio.
Guaidó acenou para chavistas, apelando para que revejam a posição. Ele agradeceu também o apoio de outros países.
– Bem-vindos ao lado certo da História – concluiu.
Após o pronunciamento, Guaidó entrou em um dos caminhões de assistência humanitária e acenou para a população. Os caminhões com suprimentos começaram o deslocamento de Cúcuta para a fronteira venezuelana, pela Ponte de La Unidad.
A estratégia da oposição é levar o auxílio por meio de três ações simultâneas, pela fronteira da Venezuela com a Colômbia, assistência prestada por via marítima e através da fronteira da Venezuela com o Brasil. Maduro recusou a entrada da ajuda de outros países e ordenou o fechamento da fronteira da Venezuela com o Brasil. Desde ontem, a região fronteiriça da Venezuela com a Colômbia também está sob vigia da guarda militar do país.
– Acabamos de entregar a ajuda humanitária a Guaidó. Pedimos a entrada da ajuda de forma pacífica e que FANB se posicione do lado correto, do lado do povo - disse o presidente colombiano, Iván Duque.