Seis pessoas foram presas por uma suposta relação com o assassinato de um jornalista investigativo de Gana, morto em janeiro após descobrir vários escândalos de corrupção no futebol africano, disse a polícia de Gana nesta quinta-feira (7).
O porta-voz da polícia, David Eklu, explicou que "seis suspeitos foram presos e estão em liberdade após pagamento de fiança" depois de darem depoimentos.
Ahmed Hussein-Suale foi morto a tiros por pessoas não identificadas quando estava dirigindo de volta para casa em Acra.
O jornalista fazia parte de um grupo chamado 'Olho do Tigre' que descobriu vários escândalos de corrupção na África Ocidental.
A última investigação, apelidada "Número 12", deu origem a um documentário explosivo, lançado em 2018, no qual o jornalista assassinado desempenhou um papel fundamental, enganando dezenas de árbitros ganenses e continentais, assim como os responsáveis pela Federação Ganesa, entre eles seu presidente, oferecendo-lhes subornos.
Kennedy Agyapong, deputado pelo governista Novo Partido Patriótico, foi quem divulgou o nome do jornalista, chegando a oferecer uma recompensa para quem "batesse nele".
Uma homenagem a Ahmed, que deverá ser realizada na sexta-feira está sendo planejada em Acra. Sua morte desencadeou uma onda de indignação em todo o país, considerado um bastião da democracia e onde a imprensa trabalha livremente.
* AFP