A União Europeia (UE) defendeu nesta quinta-feira (24) a realização na Venezuela de "eleições livres e confiáveis", de acordo com a ordem constitucional, para restabelecer a democracia no país. Em comunicado, o bloco apelou para que a população seja ouvida e jamais ignorada.
"O povo da Venezuela exigiu maciçamente a democracia e a possibilidade de decidir livremente sobre seu próprio destino. Essas vozes não podem ser ignoradas", diz o texto. "A UE faz um apelo urgente ao início imediato de um processo político que conduza a eleições livres e confiáveis, de acordo com a ordem constitucional."
No comunicado, a União Europeia reiterou o apoio à interinidade de Guaidó e à Assembleia Nacional Constituinte.
"Apoia plenamente a Assembleia Nacional como a instituição democraticamente eleita cujos poderes devem ser restaurados e respeitados", disse. "Os direitos civis, a liberdade e a segurança de todos os membros da Assembleia Nacional, incluindo o seu presidente, Juan Guaidó, devem ser plenamente respeitados", acrescentou.
O bloco também rechaçou a violência registrada nos protestos em Caracas e demais regiões da Venezuela. E disse que o defendeu o direito do povo "de se manifestar pacificamente, escolher livremente seus líderes e decidir seu futuro."
O bloco europeu, no documento, coloca-se à disposição para colaborar com o processo de transição na Venezuela:
"A União Europeia e os seus Estados-Membros continuam dispostos a apoiar o restabelecimento da democracia e do Estado de direito na Venezuela através de um processo político pacífico e credível, em conformidade com a Constituição venezuelana."