A conferência intergovernamental sobre o Pacto Global das Nações Unidas para as Migrações debateu nesta terça-feira em Marrakech, Marrocos, as medidas para promover a cooperação entre os países signatários do texto.
Cerca de sessenta representantes expuseram seus argumentos a favor do texto, que enfrentou violenta oposição dos soberanistas, nacionalistas e defensores do fechamento das fronteiras.
Na segunda-feira, 164 dos 193 países membros das Nações Unidas adotaram o texto cujo objetivo é fortalecer a cooperação internacional para uma "migração segura, ordenada e regular".
Poucas horas depois, o Brasil anunciou sua decisão de se retirar do pacto quando o mandato do presidente Jair Bolsonaro tiver início em 1º de janeiro.
O atual ministro brasileiro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, esteve em Marrakech na segunda-feira para participar da adoção do acordo.
A conferência de Marrakech deveria ser uma fase puramente formal no processo, mas, como a questão desencadeou paixões, cerca de 15 países anunciaram sua retirada ou o congelamento da sua decisão sobre o pacto.
O acordo, que visa a fortalecer a cooperação internacional para uma "migração segura, ordenada e regular", ainda deve ser submetido a um último voto de ratificação em 19 de dezembro na Assembleia Geral das Nações Unidas.
* AFP