Carlos Ghosn teria escondido rendimentos no valor de 8 bilhões de ienes (62,3 milhões de euros) e não apenas 5 bilhões como foi inicialmente acusado, de acordo com informações publicadas na sexta-feira pela imprensa japonesa.
Os promotores estão planejando estender as acusações contra o ex-presidente do conselho de administração da Nissan, por minimizar seus rendimentos nos relatórios financeiros, afirmam os jornais de negócios Asahi Shimbun e Nikkei Business Daily.
Oficialmente, o franco-libanês-brasileiro, preso na última segunda-feira, é acusado, junto com alguns cúmplices, de ter "minimizado sua remuneração em cinco vezes nos relatórios emitidos entre junho de 2011 e junho de 2015", ao declarar rendimentos de 4,9 bilhões de ienes (cerca de 37 milhões de euros), e não 10 bilhões de ienes.
Agora é acusado igualmente de ter minimizado esses rendimentos em 3 bilhões de ienes nos três exercícios contábeis seguintes.
A AFP não pôde até o momento confirmar esta informação.
A diretoria da Nissan, que inclui dois representantes da Renault, decidiu nesta semana, por unanimidade, que as suspeitas contra Carlos Ghosn, responsável pelo sindicato franco-japonês, foram suficientes para afastá-lo de seu cargo.
Esta decisão encerrou quase 20 anos de Ghosn à frente da Nissan, a maioria como CEO e depois na presidência do conselho.
* AFP