O Senado dos Estados Unidos aprovou neste sábado (6) a indicação do juiz conservador Brett Kavanaugh para integrar a Suprema Corte, após um turbulento processo de confirmação marcado por acusações de agressão sexual contra o magistrado durante a sua juventude.
Kavanaugh, que negou categoricamente essas acusações, obteve uma maioria apertada no Senado (50-48), dando uma importante vitória política ao presidente Donald Trump, que deixará em minoria os juízes progressistas no máximo órgão judiciário durante muitos anos.
As acusações contra o magistrado partiram da psicóloga Christine Blasey Ford, 51 anos. Em depoimento na Comissão de Justiça Senado, ela que foi atacada sexualmente pelo juiz e o amigo dele Mark Judge, que a levaram para um quarto e trancaram a porta, antes que Kavanaugh tentasse tirar suas roupas.
— Brett e Mark vieram para o quarto e fecharam a porta. Eu fui empurrada para cama, e Brett ficou em cima de mim – descreveu.
— Achei que ele fosse me estuprar. Tentei gritar por ajuda – disse ela aos congressistas, garantindo ter totalmente certeza de que Kavanaugh foi o agressor.
Reiterando apoio ao indicado, Donald Trump chegou a postar um texto em que defende o Kavanaugh:
"Não tenho dúvida de que, se o ataque contra a doutora Ford foi tão terrível como ela conta, então teria apresentado imediatamente acusações às autoridades locais encarregadas do cumprimento da lei", escreveu.
Com a nomeação, a Suprema Corte dos Estados Unidos passa agora a contar com cinco juízes conservadores. Enquanto isso, o número de magistrados progressistas é de quatro.