
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que ele e o dirigente da Coreia do Norte, Kim Jong-un, se "apaixonaram" e que a relação é estimulada pelas "cartas bonitas" que recebe do líder asiático.
Trump elevou no sábado os elogios recentes a Kim a patamares inesperados, durante um comício na Virgínia Ocidental em apoio aos candidatos locais do Partido Republicano.
— E então nos apaixonamos, OK? Não, realmente. Ele me escreveu cartas bonitas e elas são ótimas cartas. Nós nos apaixonamos — disse Trump à multidão.
O presidente americano chamou de "fantástico", na segunda-feira (24), durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, o homem forte da Coreia do Norte, acusado pela ONU e por vários países de abusos generalizados contra os direitos humanos. No ano passado, na mesma plataforma, Trump havia feito duras críticas a Kim Jong-un.
Trump prosseguiu seu discurso com a informação de que, na quarta-feira (26), recebeu uma "carta extraordinária" de Kim e se mostrou otimista sobre um eventual segundo encontro de cúpula entre os dois líderes "bastante rápido".
O presidente americano ameaçou no ano passado, em seu discurso de estreia na Assembleia Geral da ONU, "destruir totalmente" a Coreia do Norte, em um discurso no qual chamou Kim de "homem foguete".
O líder norte-coreano respondeu e chamou Trump de "americano velho mentalmente perturbado".
Esses foram apenas alguns dos insultos que os líderes de dois países com armas nucleares trocaram por alguns meses, uma situação que deixou o mundo em clima de grande tensão.
Mas o cenário mudou e os dois se reuniram em Singapura em junho deste ano, no primeiro encontro de cúpula entre os dois países.