O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chegou nesta quarta-feira (26) a Nova York para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
— Eu venho à Assembleia Geral das Nações Unidas para defender a verdade da Venezuela, venho cheio de emoção, paixão, de verdades para que todos saibam que a Venezuela está de pé — declarou o presidente.
A Venezuela acusou o presidente Donald Trump de promover uma "insurreição militar" no país, depois que o mandatário americano advertiu na ONU que Maduro poderia ser derrubado por seus militares se estes quisessem.
"A Venezuela manifesta a sua mais enérgica rejeição ante as declarações belicosas e ingerencistas emitidas pelo presidente dos Estados Unidos (...), orientadas a promover uma insurreição militar no país", assinalou a Chancelaria em comunicado.
Apesar da dureza de suas expressões, Trump manifestou nesta quarta a jornalistas que estava disposto a se reunir com Maduro à margem da Assembleia Geral.
O próprio governante venezuelano apresentou essa possibilidade na terça-feira (25) mais cedo, antes que Trump fizesse o seu discurso no fórum mundial.
— Eu acho que se o presidente Trump e eu conversássemos, iríamos nos entender. Talvez algum dia (...) aconteça esse milagre de uma conversa cara a cara — afirmou Maduro.
No comunicado, o governo venezuelano também expressou o seu apoio à Força Armada, considerada por analistas como a principal sustentação do presidente socialista.
Nesta quarta-feira, a instituição castrense acusou Trump de impulsionar um golpe militar contra Maduro e descartou tal possibilidade.
"Reiteramos a nossa lealdade absoluta ao cidadão Nicolás Maduro (...) Permaneceremos em alerta diante das nefastas pretensões imperialistas", assinalaram os militares em comunicado.