O fato de haver "venezuelanos que tenham ido para outros países foi usado de maneira bárbara, criminosa e xenófoba por governos xenófobos e racistas", afirmou na quarta-feira (29) o ministro da Comunicação local, Jorge Rodríguez, que chamou de "fake news" a relação feita entre os fluxos migratórios e uma "crise humanitária".
O governo atribui o êxodo do país a uma "campanha da direita" e disse estar certo de que os migrantes voltarão. Acolhidos pelo plano "Volte à pátria", cerca de 90 venezuelanos retornaram na segunda-feira (27) ao país. Muitos temem, entretanto, uma maior escassez e o aumento de preços.
— As coisas estavam caras, mas as conseguíamos. Agora estão mais caras e não se conseguem mais. Eu esperava que (com as medidas) fosse melhor, mas não — disse Edilé Bracamonte, cuja filha foi para a Colômbia há um mês.
No entanto, Rodríguez assegura que 20% dos residentes na Venezuela são colombianos, peruanos e equatorianos, cujos subsídios custam ao país mais de 3 bilhões de dólares por ano. Sua permanência, argumenta, desmonta a "fake news" (notícia falsa) de que na Venezuela há uma crise humanitária.
Segundo Rodríguez, o fato de haver "venezuelanos que tenham ido para outros países foi usado de maneira bárbara, criminosa e xenófoba por governos xenófobos e racistas".