O presidente Evo Morales, que em 2015 se transformou no primeiro chefe de Estado boliviano de maior permanência sucessiva no poder, nesta terça-feira (14) celebra outro recorde, ao completar o maior tempo à frente do governo em administrações descontínuas.
Primeiro indígena a chegar ao poder na Bolívia, Morales completa hoje 4.587 dias como presidente, um período que supera o tempo do falecido Víctor Paz Estenssoro no poder, quando governou entre 1952 e 1989 durante quatro gestões descontínuas, totalizando 4.586 dias.
Morales concluirá seu terceiro mandato em 22 de janeiro de 2020, mas pretende disputar um quarto período sucessivo até 2025.
Ao completar 12 anos, 6 meses e 23 dias de gestão, Morales agradeceu no Twitter ao povo boliviano "por um recorde a mais na permanência na presidência".
O líder de um setor da oposição, Samuel Doria Medina criticou a ambição de Morales de continuar na presidência por mais um mandato.
"O governo comemora que Evo está no poder mais do que qualquer outro governante. Em 2020, terá estado 14 anos. E seu plano é ficar outros 14 anos. Quem quer mais 14 anos de Evo Morales? Nosso desafio é claro: impedi-lo e mandá-lo para casa, como determina a lei", afirmou.
* AFP