O presidente americano, Donald Trump, urgiu nesta quarta-feira (11) aos seus aliados da Otan que destinem 4% de seu PIB ao gasto militar, durante uma reunião de trabalho em uma cúpula em Bruxelas, indicou a Casa Branca.
"Durante a sua intervenção na cúpula da Otan, sugeriu aos países que não apenas cumpram com o seu compromisso de destinar 2% de seu PIB ao gasto em Defesa, mas que o aumentem para 4%", assinalou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.
De acordo com a porta-voz, o presidente dos Estados Unidos, cujo orçamento militar alcança 3,5% do PIB e cujas contribuições diretas ao orçamento da Otan representam 22% do total, "quer que nossos aliados dividam mais a carga (da Otan) e, como mínimo, cumpram com as suas obrigações".
Sanders se refere assim ao compromisso adotado pelos membros da organização transatlântica na cúpula de 2014 em Gales, quando acordaram aproximar seus orçamentos nacionais de Defesa a 2% do PIB até 2024.
O presidente da Bulgária, Rumen Radev, confirmou a intervenção de Trump, assim como o chanceler de Luxemburgo, Jean Asselborn.
"A maior parte dos dirigentes reconheceu que deveria fazer esforços, mas considerou absurdo o enfoque contábil" do presidente americano, disse este último à AFP.
Além dos Estados Unidos, somente Grécia (2,27%), Estônia (2,14%), Reino Unido (2,10%) e Letônia (2%) cumprem com o objetivo de Gales. Polônia, Lituânia e Romênia, cujo gasto militar oscila atualmente entre 1,93% e 1,98%, também poderiam fazê-lo em 2018, de acordo com cifras da Otan.
Dos 29 países da Aliança, a Alemanha, primeira economia europeia, é o alvo preferido das críticas do presidente americano por destinar 1,24% de seu PIB ao gasto militar em 2018.
* AFP