O Djibuti inaugurou nesta quinta-feira (5) o que será, no futuro, a maior zona franca do continente africano, na expectativa de aproveitar melhor sua localização estratégica na entrada do mar Vermelho.
Em uma cerimônia na capital, o presidente Ismael Omar Guellé celebrou os méritos de um "projeto faraônico", o ápice de um volume de "obras de infraestrutura dos últimos anos que vão no sentido de reforço do Djibuti no comércio e nos intercâmbios internacionais".
Situado ao longo de uma das rotas marítimas mais frequentadas do mundo, entre o Oceano Índico e o canal do Suez, o Djibuti inaugurou em 2017 três novos portos e uma ferrovia que liga o país à Etiópia. Seu projeto é se tornar uma plataforma comercial para a região.
O presidente somaliano, Mohamed Abdullahi Mohamed, disse que a zona franca é uma "vitória para a África do Leste". O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, o presidente ruandês, Paul Kagame, e o sudanês, Omar al Bashir, também celebraram o feito.
A zona franca, conectada aos principais portos do Djibuti, é destinada a diversificar a economia do país, criar empregos e atrair investimentos, permitindo que as empresas fiquem livres de impostos e se beneficiem de um amplo apoio logístico.
A primeira fase do projeto, lançado na quinta-feira, inclui uma área de 240 hectares. Com custo de 3,5 bilhões de dólares, sua construção completa durará cerca de dez anos e se estenderá por 4.800 hectares, tornando-se a maior zona franca da África.
Empréstimos chineses permitiram financiar os recentes projetos de infraestrutura do Djibuti, onde se encontra a única base militar da China fora do gigante asiático.
* AFP