Claire Khacer, uma francesa que viveu na Síria durante a primavera (boreal) de 2015 com três de seus filhos e que casou com um extremista do Estado Islâmico, foi condenada nesta sexta-feira (29), em Paris, a sete anos de prisão.
A mulher, de 42 anos, casou três vezes e teve seis filhos, o quinto se chama "Jihad" (Yihad).
Em fevereiro de 2015 a mulher deixou Cannes (sul da França) em direção à Argélia e dali viajou para a Turquia com três de seus filhos, de 2, 8 e 16 anos, um deles tetraplégico e na cadeira de rodas.
Da Turquia, chegou ao país vizinho em guerra no final de março de 2015. Lá ela se uniu a Raqa Oumar Diaw, um extremista francês que conheceu no Facebook. Oumar Diaw era uma autoridade importante do Estado Islâmico, suspeito de ter torturado prisioneiros e de estar "envolvido na organização de atentados na França", segundo o tribunal.
Claire Khacer diz ter acreditado que ele era um "pequeno combatente". Eles se divorciaram na Síria.
Depois de três ou quatro meses, ela voltou à Turquia, de onde foi expulsa por autoridades em setembro.
Um ano mais tarde, ela foi detida após dar à luz a seu sexto filho, de Oumar Diaw. Acredita-se que o extremista morreu em maio de 2016.
Esta partida, longe de ser improvisada, foi "preparada" com o objetivo de "participar no projeto de sociedade" do EI, afirmou a promotoria.
A mulher afirma não ter participado de militância "política".
Claire Khacer se converteu ao islã aos 17 anos e disse ter sofrido "agressões" por usar o véu. Em 2011 viajou ao Afeganistão para encontrar seu marido da época, um afegão considerado radicalizado.
* AFP