O brasileiro de 33 anos Rafael Lusvarghi foi capturado em um mosteiro em Kiev, na Ucrânia. Lusvarghi se uniu a rebeldes pró-Rússia na Ucrânia durante os conflitos após a anexação da Crimeia pelos russos, em 2014. Segundo informações, o grupo que deteve o brasileiro seria de membros de um batalhão ultranacionalista chamado Azov. A prisão ocorreu na sexta-feira (4) e, depois, a Rádio Liberdade Ucrânia publicou um vídeo que mostra Lusvarghi sendo agredido. Em 2014, o brasileiro havia sido preso em São Paulo durante protesto contra a realização da Copa do Mundo. As informações são da Folha de S.Paulo.
O grupo teria conduzido Lusvarghi à sede do serviço secreto ucraniano, onde ele foi interrogado. Lá, exigiram explicações de autoridades sobre a libertação do brasileiro em 2017, após acusações de que ele teria participado da morte de cidadãos ucranianos. Conforme o jornal, os homens também teriam feito o brasileiro pedir ao presidente russo, Vladimir Putin, que o trocasse por soldados ucranianos em poder de separatistas pró-Rússia.
A Folha questionou o Itamaraty, que afirmou que está acompanhando os desdobramentos do caso e prestando a assistência necessária. O conflito entre Ucrânia e Rússia no leste europeu gerou ações de recrutamento de lutadores e simpatizantes no Brasil.
Em 2017, Lusvarghi foi condenado a 13 anos de prisão por um tribunal de Kiev, segundo o site ucraniano Novynarnia, acusado de terrorismo e participação em organização armada ilegal na região do Donbass de setembro de 2014 a outubro de 2015. Ele fazia parte de grupos separatistas que combatem na área, pivô de uma crise entre Ucrânia e Rússia desde o primeiro semestre de 2014. O brasileiro é ex-policial militar.