A Polícia do Tennessee prendeu, nesta segunda-feira (23), o homem que disparou na madrugada de domingo contra pessoas em um restaurante nos arredores de Nashville (sul dos Estados Unidos), deixando quatro mortos e dois feridos.
"O suspeito do assassinato Travis Reinking está sob custódia. Ele está preso há pouco tempo", anunciou a Polícia Metropolitana de Nasville em sua conta da rede Twitter.
Ele foi encontrado em uma "área de bosques", informou a Corporação junto com a divulgação de uma fotografia de Reinking em um carro policial.
Reinking, de 29 anos, foi capturado após uma intensa busca feita pelas autoridades em uma área entre sua casa e o local do crime.
As autoridades das escolas públicas de Nashville impuseram um "lock-out", o que implicava que não se recebesse visitantes externos nos colégios do subúrbio de Anitoch, onde aconteceu o tiroteio, e em Cane Ridge, nas redondezas.
A polícia advertiu sobre o perigo de Reinking - originário de Illinois -, após o ataque com um fuzil semiautomático AR-15 contra as pessoas do restaurante. Ele chegou seminu ao estabelecimento, vestido apenas com uma jaqueta verde.
As autoridades o rastrearam enquanto ele fugia de casa, onde teria deixado a jaqueta e vestido calças, desaparecendo depois em um bosque próximo dali.
No restaurante, o atirador foi desarmado por James Shaw, de 29 anos, considerado um herói por ter tirado a arma do agressor e tê-lo expulsado do restaurante após uma discussão.
"Não nos encontramos com muitos heróis na vida, sr. Shaw, mas você é um herói. Você é meu herói. Salvou vidas", disse o diretor do restaurante no domingo (22).
- Antecedentes violentos -
Reinking havia sido preso na Casa Branca em julho de 2017, depois de entrar em uma área proibida, segundo a Polícia.
Ele pediu para ver o presidente Donald Trump e se declarou "cidadão soberano", termos usados por extremistas antigovernamentais, segundo o jornal "The Tennessean".
Nos últimos meses, seus familiares haviam manifestado preocupação a respeito da conduta e do estado mental de Reinking, que disse acreditar que a cantora pop Taylor Swift o assediava, informou o jornal "The New York Times", citando relatórios policiais.
Depois do incidente na Casa Branca, a Polícia confiscou seu porte de armas no estado de Illinois (norte), onde ele vivia. Foi requisitada a entrega de quatro armas, incluindo o rifle semiautomático AR-15 que ele usou no ataque no Tennessee. Os dispositivos foram entregues a seu pai.
De acordo com a Polícia, o pai devolveu as armas apreendidas ao filho. Uma delas não foi encontrada nesta segunda-feira.
O ataque deste domingo resultou na morte de quatro pessoas, e duas ficaram feridas.
As autoridades confirmaram que Taurean Sanderlin, de 29 anos, Joe Perez, de 20, e DeEbony Groves, de 21, morreram no restaurante.
A quarta vítima fatal, Akilah Dasilva, de 23 anos, morreu no hospital.
É a segunda vez em poucos meses que um tiroteio comove Nashville. Em setembro passado, um jovem de 25 anos matou uma pessoa e feriu outras seis em uma igreja da cidade.
Os estudantes que sobreviveram à chacina de Parkland (Flórida) lançaram uma campanha a favor de controles de acesso a armas mais rígidos. O movimento contou com enormes manifestações, e importantes empresas, como a Walmart e a Dick's Sporting Goods, tomaram iniciativas para restringir a compra de armas em sua lojas.
* AFP