Os médicos forenses começaram, neste domingo (22), a autópsia do cientista palestino membro do grupo Hamas que foi assassinado a tiros nas ruas de Kuala Lumpur, um crime que sua família atribuiu ao Mossad (serviço de Inteligência israelense) - algo negado por Israel.
Fadi Mohamad al Batsh, de 35 anos, foi abatido a tiros por dois homens armados que circulavam de moto, segundo autoridades malasianas.
Na cena do crime, os policiais registraram 14 balas destinadas à vítima.
O chefe da polícia de Kuala Lumpur, Mazlan Lazim, disse que a investigação estava em curso, a autópsia estava sendo realizada no hospital e o corpo seria entregue à família em seguida.
Neste domingo, o ministro israelense da Defesa, Avigdor Lieberman, afirmou que Israel não estava por trás da morte de Batsh.
"Há uma tradição das organizações de terroristas de acusar Israel sempre que há um acerto de contas", afirmou Lieberman neste domingo à rádio pública israelense.
"O homem não era um santo, e os acertos de contas entre grupos terroristas e diferentes facções são normais", expressou. "Imagino que esse seja o caso aqui também".
O ministro malasiano do Interior, Ahmad Zahid Hamidi, foi citado pela agência estatal Bernama dizendo que Batsh era "um engenheiro elétrico e especialista na fabricação de foguetes".
Batsh era casado e tinha três filhos. Morava na Malásia há dez anos.
* AFP