O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ataques a alvos ligados a armas químicas na Síria. A ofensiva é uma resposta ao suposto uso de armas químicas pelo governo do país em 7 de abril. Segundo Trump, o ataque é coordenado por EUA, França e Reino Unido. As aeronaves da coalizão partiram do Chipre.
— França, Reino Unido e Estados Unidos se uniram contra a barbárie — disse.
Nas primeiras horas de sábado (14) (noite de sexta no horário de Brasília), segundo a AFP, fortes explosões foram ouvidas na capital síria, Damasco.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, confirmou o apoio ao ataque e disse que não havia alternativa ao uso da força na Síria. Os bombardeios foram registrados durante o pronunciamento de Trump.
O presidente da França, Emmanuel Macron disse que o bombardeio na Síria está "circunscrito às capacidades do regime sírio sobre armas químicas".
O regime de Bashar al Assad, apoiado por Rússia e Irã, nega qualquer recurso a armas químicas e acusa os rebeldes de "fabricar" o ataque, enquanto Estados Unidos e França não descartam uma retaliação.
Durante o pronunciamento, O presidente americano, Donald Trump, advertiu a Rússia e o Irã por seus laços com a Síria. Os dois países, disse Trump, são "responsáveis por apoiar, equipar e financiar o regime criminoso" da Síria. Por isso, a Rússia "descumpriu suas promessas" de impedir que o governo de Assad use armas químicas, acrescentou.
Momentos antes do pronunciamento de Trump, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que está em Lima participando da Cúpula das Américas, deixou repentinamente um banquete sem dar explicações e retornou ao hotel onde está hospedado, segundo jornalistas que o acompanham na viagem.
Mais cedo, a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, anunciou que os Estados Unidos tinham provas de que Assad havia de fato lançado o ataque com armas químicas na região de Duma.
— Não direi quando tivemos a prova. O ataque ocorreu no sábado e sabemos que foi um ataque químico — disse Nauert à imprensa, em Washington, acrescentando que apenas alguns poucos países, como a Síria, tinham "esse tipo de armas".
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que a Rússia também era responsável pelo ocorrido porque "fracassou em impedir que ocorresse um ataque com armas químicas".
O presidente americano manteve seguidas reuniões de consulta nos últimos dias com seus conselheiros militares e aliados no exterior para definir uma reposta às denúncias de ataque químico.
No Conselho de Segurança da ONU, António Guterres, fez também nesta sexta-feira um apelo dramático a agir com "responsabilidade" para evitar uma "escalada militar total" na Síria.