Milhares de pessoas saíram às ruas dos Estados Unidos neste sábado (24) para pedir o endurecimento do controle de armas. Os atos ocorrem em vários Estados norte-americanos e também em outros países.
Sobreviventes do ataque que deixou 17 mortos no mês passado, na Flórida, fizeram discursos em Washington. O movimento ganhou força depois do episódio na escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland.
"Livros, não armas" e "Protejam a vida dos jovens, não as armas" eram algumas das frases repetidas pela multidão que se mobilizava pela Avenida Pensilvânia, que liga a Casa Branca ao Capitólio, sede do Congresso.
Chamado de "Marcha pelas nossas vidas", o movimento pede a proibição da comercialização de fuzis de assalto, da venda livre de carregadores para armas semiautomáticas e o reforço dos controles de antecedentes das pessoas interessadas em comprar armas.
O foco dos manifestantes, contudo, é mais voltado à classe política, que tem sido incapaz de articular uma resposta efetiva à generalizada violência com armas de fogo no país.
Personalidades se juntam ao protesto
As marchas deste sábado têm o apoio de personalidades públicas americanas. O ator George Clooney e a mulher, a advogada de direitos humanos Amal Alamuddin, doaram US$ 500 mil (cerca de R$ 1,6 milhão) ao movimento. Oprah Winfrey e Steven Spielberg também somaram seu apoio, e o ator Bill Murray comparou as manifestações deste sábado com os protestos contra a Guerra do Vietnã na década de 1960.
O músico Paul McCartney participou do ato realizado em Nova York.
— Um dos meus melhores amigos foi vítima da violência com arma de fogo perto daqui — declarou McCartney, em referência ao assassinato a tiros de John Lennon, em 1980.
No Brasil
Em São Paulo, segundo o G1, houve ato em frente ao Consulado dos Estados Unidos, no bairro Chácara Santo Antônio, na Zona Sul. "Proteja as crianças, e não as armas" e "Eu sou o próximo?" eram algumas das frases escritas nos cartazes.