O governo brasileiro protestou, nesta segunda-feira (5), na Organização Mundial do Comércio, contra os planos do governo de Donald Trump de impor novas tarifas para a importação do aço. Falando durante uma das principais reuniões da OMC, representantes do Itamaraty insistiram que o sistema "não vive tempos normais" e que a entidade "enfrenta sérios desafios, mesmo existenciais".
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, sem citar nominalmente os EUA, o brasileiro Roberto Azevedo, diretor-geral da OMC, deixou claro sua frustração.
— No centro da ameaça está o protecionismo. O recente anúncio unilateral, por um importante membro, leva essa ameaça a um novo patamar — disse. Temos profundas preocupações sobre as implicações sistêmicas, o que poderia levar a sérias consequências que não seriam de interesse de ninguém. Pedimos a esse membro que reconsidere sua decisão — afirmou.
Na semana passada, Trump indicou que iria elevar a tarifa de importação de aço e alumínio em 10% e 25%. O anúncio levou vários governos a alertar sobre uma eventual retaliação.
Durante o encontro da OMC, Europa, Japão e outras delegações também criticaram as medidas americanas.