O fantasma de uma guerra preventiva com a Coreia do Norte fica mais próximo cada vez que Pyongyang testa um míssil ou uma bomba nuclear, afirmou neste domingo o senador americano Lindsey Graham.
— Se houver um teste nuclear subterrâneo, será necessário se preparar para uma resposta muito séria dos Estados Unidos — alertou o congressista republicano à rede CBS.
As palavras de Graham chegam após as pronunciadas na véspera pelo assessor de segurança nacional de Donald Trump, o general HR McMaster, que declarou durante um colóquio sobre defesa que a probabilidade de uma guerra com a Coreia do Norte "aumenta a cada dia".
Pyongyang lançou na semana passada um míssil balístico intercontinental a uma altura e uma distância nunca antes alcançadas por um artefato norte-coreano. A sofisticação do novo tipo de míssil chamou a atenção dos especialistas, embora, segundo fontes da CNN, a cabeça teria se desintegrado ao reingressar na atmosfera.
Segundo o secretário de Defesa americano, Jim Mattis, todo o território americano está agora ao alcance de Pyongyang. Os Estados Unidos e o Japão tentaram imediatamente endurecer o regime de sanções da ONU contra a Coreia do Norte, mas Moscou e Pequim se negaram.
Lindsey Graham indicou que tinha discutido o tema detalhadamente com o governo de Trump, que, segundo ele, tem a estratégia de "impedir que a Coreia do Norte adquira a capacidade de atacar os Estados Unidos com um míssil com cabeça nuclear, não só de controlá-la".
— Impedir isso que dizer, em última instância, uma guerra preventiva. Essa prevenção se torna cada vez mais provável à medida que sua tecnologia melhora. Cada teste de míssil, cada teste subterrâneo de uma arma nuclear quer dizer que a união (de um míssil com uma cabeça nuclear) é mais provável — acrescentou o senador.