Com 44 tripulantes, um submarino argentino é procurado nesta sexta-feira (17). O último contato do ARA San Juan ocorreu na quarta (15), enquanto navegava no Atlântico, entre o porto de Ushuaia e Mar del Plata.
— Ainda não o encontramos nem tivemos contato em comunicação visual ou por radar. O porto habitual do submarino é a Base Naval de Mar del Plata — declarou o porta-voz da Armada (Marinha de Guerra), Enrique Balbi.
Os governos de Chile, Estados Unidos e Reino Unido ofereceram "apoio logístico e troca de informações", segundo comunicado da chancelaria argentina. A Armada assinalou em nota que estão sendo realizadas operações para retomar as comunicações.
A última mensagem foi emitida na manhã de quarta-feira (15). Na quinta à tarde (16), começou a ser executado um protocolo internacional, dando início a uma operação de busca.
Três unidades navais e duas aeronaves fizeram uma varredura sobre 15% da área de busca, detalhou Balbi. A Armada, que negou a versão de um suposto incêndio no submarino, trabalha com a hipótese de um problema nas comunicações.
— Pode-se associar (o caso) a um problema de baterias por falta de alimentação elétrica — sustentou Balbi.
O ARA San Juan é um dos três submarinos da Marinha da Argentina, que o incorporou em 1985. Trata-se de um tipo TR-1700, construído no estaleiro Thyssen Nordseewerke de Edemen, na Alemanha, e colocado na água em 20 de junho de 1983.
Eliana Krawczyk, 35 anos, viajava a bordo do submarino. Ela é conhecida como "a primeira oficial submarinista da história da Armada Argentina e chefe de Armas", disse orgulhoso o seu pai, Eduardo, ao canal Todo Noticias.
— Rezemos todos para que não tenha acontecido nada com nenhum tripulante. No mar, são todos irmãos. O submarino tem mais riscos do que um barco — afirmou o homem, que soube do desaparecimento pela imprensa.