A tempestade tropical Nate deixou 22 mortos durante a passagem pela América Central: 11 na Nicarágua, oito na Costa Rica e três em Honduras, de acordo com as autoridades dos três países. O fenômeno meteorológico está, agora, em deslocamento para o Golfo do México.
Inicialmente, um balanço preliminar aponta quatro mortos na Nicarágua. No entanto, o número foi revisado pela vice-presidente do país, Rosario Murillo, durante coletiva de imprensa. Há também sete desaparecidos na Nicarágua, nação mais atingida pela tempestade Nate. Cerca de 800 pessoas foram evacuadas, enquanto 600 residências foram inundadas e 14 comunidades isoladas devido à chuva que atinge a região há dias.
Autoridades alertam que Nate poderá se transformar em furacão no deslocamento rumo aos Estados Unidos.
A Costa Rica, outro país afetado pela tempestade, sofreu com inundações e deslizamentos de terra. O governo local declarou situação de emergência nacional. Escolas, universidades, repartições públicas e bancos foram fechados em todo o território.
As autoridades costa-riquenhas reportaram oito mortos, incluindo uma menina de três anos, atingidos pela queda de árvores e deslizamentos de terra. Pelo menos 17 pessoas estão desaparecidas.
Mais de 5 mil pessoas foram colocadas em abrigos na Costa Rica depois de terem que abandonar suas casas em razão das inundações e do risco de que terrenos instáveis cedam, conforme o diretor da Comissão Nacional de Emergência do país, Ivan Brenes.
Em Honduras as chuvas deixaram três mortos e três desaparecidos.
Nate deverá ganhar força
Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), a expetativa é de que a tempestade continue seguindo em direção ao norte, ganhando força à medida que avança. O NHC afirma que Nate estará "perto da intensidade de furacão" quando atingir a península de Yucatán, no sul do México, na noite desta sexta-feira (6).
Depois, a tempestade se fortalecerá para a categoria de furacão, enquanto atravessa o Golfo do México, para atingir o sul dos Estados Unidos em algum ponto entre os Estados da Luisiana e Flórida.
"É muito cedo para especificar o tempo exato, a localização ou a magnitude desses impactos", ponderou o NHC.
A temporada de chuva na América Central dura cinco meses e está mais intensa neste ano. Algumas regiões vêm registrando volumes 50% maiores que a média para setembro e outubro.