O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, disse neste domingo (1º) que o Estado de direito se impôs ao impedir o referendo de independência da Catalunha, e que as forças de segurança cumpriram com sua obrigação ao reprimir a consulta, proibida pela Justiça.
— Hoje não houve um referendo de autodeterminação na Catalunha — afirmou Rajoy em discurso transmitido pela televisão, acrescentando que "nosso Estado de direito mantém sua fortaleza e sua vigência".
— Teria sido mais fácil para nós olhar para o outro lado —acrescentou o dirigente conservador, qualificando a consulta de um "ataque premeditado e consciente ao qual o Estado reagiu com firmeza e com serenidade".
Para ele, as forças de segurança, criticadas pela violência ao reprimir a realização da consulta, "cumpriram com sua obrigação e com o mandato que tinham da Justiça" na Catalunha.
Feridos
Mais de 760 pessoas ficaram feridas em confrontos na Catalunha, onde foi realizado um referendo sobre a independência da região, segundo dados do Ministério da Saúde da Catalunha. O governo espanhol é contrário ao referendo que foi monitorado por forte aparato policial.
Duas pessoas estão em estado grave, de acordo com as autoridades locais. Um dos feridos com gravidade é um homem atingido no olho por um tiro de bala de borracha em frente a um dos centros de votação em Barcelona.
* AFP