O presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, afirmou neste domingo (1) que os catalães "ganharam o direito de ter um Estado independente" da Espanha, após o referendo de autodeterminação que tentaram celebrar apesar das fortes operações policiais.
— Com esta jornada de esperança e também de sofrimento, os cidadãos da Catalunha ganhamos o direito de ter um Estado independente, que se constitua em forma de república — afirmou, em uma apresentação com todo o seu governo, comemorando a mobilização de milhões de catalães nesta mobilização proibida pela Justiça.
Mais cedo, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, disse que o Estado de direito se impôs ao impedir o referendo de independência da Catalunha, e que as forças de segurança cumpriram com sua obrigação ao reprimir a consulta, proibida pela Justiça.
— Hoje não houve um referendo de autodeterminação na Catalunha — afirmou Rajoy em discurso transmitido pela televisão, acrescentando que "nosso Estado de direito mantém sua fortaleza e sua vigência".
Até o momento, mais de 760 pessoas ficaram feridas em confrontos na Catalunha, onde foi realizado um referendo sobre a independência da região, segundo dados do Ministério da Saúde da Catalunha. O governo espanhol é contrário ao referendo que foi monitorado por forte aparato policial. Duas pessoas estão em estado grave, de acordo com as autoridades locais.
*AFP