O presidente americano, Donald Trump, anunciou, nesta terça-feira (26), uma visita a Porto Rico — ilha devastada pelo furacão Maria —, em meio a críticas pela demora em responder à crescente crise humanitária no território.
— Irei a Porto Rico na terça-feira que vem — disse Trump a jornalistas na Casa Branca, destacando ter fixado a data de 3 de outubro para não interferir nos esforços de recuperação.
— Essas pessoas são muito importantes para todos nós. Enviamos enormes quantidades de alimentos e água.
Trump anunciou sua viagem em meio a críticas de que seu governo não assistiu Porto Rico com a mesma urgência que o fez com a Flórida e o Texas — Estados fortemente atingidos por furacões nas últimas semanas.
Porto Rico, um Estado Livre Associado aos Estados Unidos desde 1952, sofreu o impacto de duas fortes tempestades, Irma e Maria, que deixaram a maior parte de seus 3,4 milhões de habitantes sem água corrente, eletricidade e comunicações. Tanto moradores quanto autoridades fizeram pedidos de ajuda a Washington.
— Há pessoas que não têm nem comida, nem água há 14 dias — declarou Carmen Yulin Cruz, prefeita de San Juan, capital porto-riquenha, onde vivem 400 mil pessoas.
Trump, que na quinta-feira (21) disse que a ilha ficou "absolutamente arrasada", foi questionado por tuitar no fim de semana sobre a alegada "falta de respeito" à bandeira dos Estados Unidos por jogadores de futebol americano, sem evocar o drama de Porto Rico.
"Também somos dos Estados Unidos"
O porto-riquenho Marc Anthony pediu a Trump, em um tuíte, que deixe de falar da Liga Nacional de Futebol Americano (NFL) e "faça algo" no "necessitado Porto Rico".
"Também somos cidadãos dos Estados Unidos", disse.
Apelando a uma "ação rápida" do governo Trump e do Congresso, o governador porto-riquenho, Ricardo Rosselló, também lembrou que a ilha "é parte dos Estados Unidos" e reforçou a necessidade de "apoio total" do governo.
"O que Porto Rico está experimentando depois do furacão Maria é um desastre sem precedentes", destacou em comunicado publicado na segunda-feira (25). "A devastação é enorme".