A China advertiu, nesta terça-feira (26), que ninguém sairia vencedor de uma possível guerra com a Coreia do Norte. A declaração da diplomacia chinela ocorre depois das afirmações do regime comunista segundo as quais o presidente Donald Trump teria "declarado guerra" ao país.
— Ninguém sairia vencedor de uma guerra na península coreana, que seria ainda pior para a região — disse o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Lu Kang, em entrevista coletiva. — As provocações mútuas podem apenas aumentar o risco de um confronto — completou.
O porta-voz ainda afirmou que a China espera que "os líderes políticos nos Estados Unidos e Coreia do Norte tenham suficiente senso comum para compreender que recorrer à força e à potência militar não é uma decisão viável".
Na segunda-feira (25), a Coreia do Norte acusou o presidente Donald Trump de declarar guerra ao país por ter enviado bombardeiros estratégicos para as proximidades da península coreana. A afirmação foi classificada como "absurdo" pela Casa Branca.
Em uma demonstração de força, o governo americano enviou, no sábado (23), bombardeiros estratégicos para sobrevoar as proximidades da costa da Coreia do Norte, o que adicionou pressão militar à tensão política da semana, exacerbada por uma troca de insultos e ameaças.
Nesta terça-feira, em Nova Délhi, o secretário americano de Defesa, Jim Mattis, declarou que Washington quer uma solução diplomática para a crise com a Coreia do Norte.
— Nosso objetivo é resolver tudo isto de forma diplomática — disse Mattis.
Washington "conserva paralelamente a capacidade para enfrentar as ameaças mais perigosas da Coreia do Norte", completou Mattis, antes de insistir no apoio "a nossos diplomatas para conter (a crise) a maior quantidade de tempo possível a nível diplomático".