Donald Trump e a mulher, Melania Trump, irão ao Texas, nesta terça-feira (29), após o Estado norte-americano ser atingido pela passagem da tempestade Harvey, que provocou inundações e deixou pelo menos seis mortos e milhares de desabrigados. O presidente dos Estados Unidos, no entanto, não deverá visitar Houston, onde equipes de socorro tentam resgatar centenas de pessoas isoladas pela água.
Enquanto as previsões indicam novas tempestades provocadas pelo fenômeno tropical, Trump pretende vistoriar as áreas mais a oeste, incluindo a cidade de Corpus Christi. O presidente deve acompanhar os trabalhos que estão sendo feitos para enfrentar as inundações que castigam o sudeste do Texas, segundo maior Estado do país.
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O Instituto Médico Legal do condado de Harris, que inclui Houston, confirmou seis mortes desde o domingo (27), todas potencialmente ligadas a Harvey.
– Somos uma família americana – afirmou Trump, na segunda-feira (28), em referência ao primeiro grande desastre natural em seu mandato como presidente.
Trump prometeu que o governo federal estará à disposição do Texas no "longo e difícil caminho da recuperação dos estragos causados por Harvey". O perigo, no entanto, está longe de ter acabado: muitas famílias ainda estão isoladas pelas águas ou instaladas em abrigos de emergência, enquanto Harvey recupera forças na costa do Golfo do México.
O prefeito de Houston, Sylvester Turner, disse que mais de 8 mil pessoas, ensopadas e desesperadas, foram levadas para abrigos.
O comandante da Guarda Costeira, vice-almirante Karl Schultz, disse à CNN que enviou 18 helicópteros para Houston, além dos 12 já usados e dos que haviam sido enviados pela Guarda Nacional.
– Se puder subir no telhado, agite uma toalha. Deixe uma marca no telhado para que os tripulantes dos helicópteros possam vê-los – orientou.
Harvey derrubou prédios na costa do Golfo e provocou chuva sem precedentes dentro no Estado. Os pântanos e as pradarias costeiras do Texas foram inundados, mas as cidades adjacentes, onde a drenagem é mais lenta, foram as mais atingidas.
O Corpo de Engenheiros do Exército começou a abrir as represas de Addicks e Barker, sob forte pressão, para evitar uma catástrofe maior na periferia de Houston.
O escritório de Houston do Serviço Nacional de Meteorologia afirmou, nesta terça-feira, que o mês de agosto de 2017 detém o recorde de chuvas desde que esses registros começaram a ser feitos, com um acumulado de 932 milímetros. A média anual de precipitações da cidade é 1.264 milímetros.