Dezenas de sites da Venezuela, vários deles de órgãos estatais, foram alvo, nesta segunda-feira (7), de um amplo ciberataque, em apoio à recente invasão de uma instalação militar no país.
O grupo de hackers, autodenominado "The Binary Guardians", se responsabilizou pelo ataque que afetou portais como o do governo, o da Suprema Corte e o do Parlamento. O ataque também afetou empresas privadas, como o serviço de TV por assinatura DirecTV e a companhia de telefonia Digital.
Pouco depois das 16h locais (17h em Brasília), muitos sites continuavam fora do ar. Contudo, o da Presidência e o da autoridade eleitoral, que, segundo o grupo, foram hackeados, funcionavam.
Leia mais:
Sob Maduro, Venezuela se isola ainda mais
Ataque a base militar deixa dois mortos e gera tensão na Venezuela
Temer divulga vídeo sobre a saída da Venezuela do Mercosul
O Binary Guardians mostrou no Twitter que substituiu os designs das páginas iniciais de muitos desses portais por um panfleto que dizia "Operação David". Ao lado, um trecho do discurso de Charlie Chaplin no filme "O Grande Ditador".
"Operação David" foi o nome dado ao ataque a uma instalação militar em Valência, no norte da Venezuela, na madrugada de domingo (6).
"Nossa luta é digital. Você fecha as ruas, e nós, as redes", dizia o texto da página inicial. "Às ruas para apoiar esses valentes soldados".
Cerca de 20 homens, em sua maioria civis, tomaram de assalto a base militar venezuelana e conseguiram retirar fuzis. Dois dos invasores morreram e oito foram detidos.