A ex-procuradora venezuelana Luisa Ortega, que fugiu do país alegando ser vítima de perseguição política, retornou a Bogotá, na quinta-feira (24), depois de fazer acusações de corrupção contra o governo de Nicolás Maduro, em Brasília.
Ortega chegou em um voo comercial ao lado do marido, o deputado Germán Ferrer, conforme o serviço de imigração da Colômbia. A ex-procuradora e chavista dissidente está sob proteção do governo colombiano, que ofereceu asilo após a fuga da Venezuela, onde ela afirma que enfrenta uma perseguição das autoridades.
Na quarta-feira (23), Ortega participou de um encontro de procuradores do Mercosul na capital brasileira. Ela afirmou que tem provas que vinculam Maduro e altos funcionários do governo venezuelano ao escândalo de corrupção da empreiteira Odebrecht.
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O novo procurador da Venezuela, Tarek William Saab, tentou minimizar a "validade" das declarações de Ortega, que foi destituída em 5 de agosto pela Assembleia Constituinte da Venezuela.
A Justiça venezuelana investiga Ortega por supostamente mentir no exercício das funções, e acusa Ferrer de liderar uma rede de corrupção no Ministério Público.
Ortega, uma chavista de 59 anos, se rebelou contra Maduro por decisões contra o Parlamento de maioria opositora, cujas funções foram assumidas pela Assembleia Constituinte.