Um atentado terrorista deixou 13 mortos e mais de 100 feridos, nesta quinta-feira (17), em Barcelona após uma van invadir o passeio central da Rambla e atropelar vários pedestres. As vítimas foram atingidas pelo veículo na Avenida La Rambla, um dos principais pontos turísticos de Barcelona. A van passou em alta velocidade, em zigue-zague, por cerca de 530 metros, atingindo quem estava em sua rota. O Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado, por meio da agência Amaq.
Dois suspeitos foram presos pela polícia, um espanhol nascido em Melilla – território da Espanha no norte da África. O outro é Driss Oukabir, 28 anos, cidadão marroquino e residente legal na Espanha. Até o momento, não foi explicada qual é a ligação dos detidos, que não têm antecedentes, no crime. O motorista da van continua foragido, confirmou o porta-voz da polícia catalã, Josep Lluis Trapero.
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Oukabir foi detido em Ripoll, no norte da Catalunha, e o suspeito espanhol, em Alcanar, a 200 quilômetros ao sul de Barcelona, onde ocorreu uma explosão em uma casa na madrugada passada, que deixou um morto.
–A suspeita é de que estivessem preparando um artefato explosivo – assinalou Trapero.
Mais cedo, alguns órgãos de imprensa locais chegaram a informar que terroristas tinham sido acuados em um bar, mas a polícia negou a informação na sequência. O mesmo modus operandi de atropelamento de aglomerados já havia sido registrado em outras cidades europeias desde o ano passado, como em Londres, Nice, Berlim e Estocolmo. Em todos os episódios, extremistas muçulmanos foram apontados como autores do crime.
Desde junho de 2015, a Espanha está em nível 4 – de uma escala de até 5, quando o risco é considerado elevado e iminente – de alerta antiterrorista. A decisão de elevar o nível se deu com a avaliação de que o país estaria sob ameaça depois que ocorreram ataques na França.
A entrada em funcionamento do Nível 4 em 2015 significa uma maior vigilância de infraestruturas consideradas críticas, como estações, aeroportos e usinas nucleares, além de ativação de todas as unidades policiais dedicadas à prevenção, investigação e informação na luta contra o terrorismo.
O acesso às estações de metrô da região – Paral·lel, Drassanes, Liceu, Catalunya e Pg. de Gràcia – foi fechado em uma das cidades que mais recebem turistas nesta época do ano, quando é verão no Hemisfério Norte e a maioria dos alunos está em férias.
A Casa Real espanhola e o chefe de governo, Mariano Rajoy, condenaram o ataque.
"Não vão nos aterrorizar. Toda a Espanha é Barcelona. Las Ramblas voltarão a ser de todos", escreveu a Casa Real no Twitter.
O chefe de governo, Mariano Rajoy, tuitou: "os terroristas nunca vão derrotar um povo unido que ama a liberdade frente à barbárie".
A polícia pede que as pessoas se comuniquem com familiares por redes sociais, já que houve um colapso nas linhas telefônicas da cidade.
Nas redes sociais, algumas pessoas que testemunharam o ataque postaram fotos e narraram como ocorreu a ação: