O líder opositor venezuelano Leopoldo López continua "privado de sua liberdade", apesar de ter saído da prisão, afirmou nesta terça-feira (11) o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (EACDH na sigla em inglês), que pediu a libertação de todas as pessoas detidas "arbitrariamente".
"Tomamos nota da decisão da Corte Suprema da Venezuela de colocar Leopoldo López sob prisão domiciliar", indicou o EACDH em um comunicado, no qual afirma que este é um "passo na direção correta".
No entanto, as Nações Unidas afirmam que "López continua privado de sua liberdade, apesar do Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária da ONU considerar que foi detido arbitrariamente".
López, que passou três anos e cinco meses em uma prisão militar, voltou para casa no sábado e está em prisão domiciliar.
Leia mais
Líder da oposição venezuelana, Leopoldo López é colocado em prisão domiciliar
Venezuela: dois mortos em mais um dia de protestos contra Maduro
Invasão do parlamento por partidários de Maduro tem bombas e feridos
Mais de 100 dias de protestos na Venezuela contra o presidente Nicolás Maduro deixaram ao menos 93 mortos em um país que enfrenta uma devastadora crise econômica.
O EACDH reiterou a "preocupação" com os mais de 3,6 mil casos de detenções nos protestos e as mais de 1,1 mil pessoas que, "segundo fontes da sociedade civil, se encontram detidas em relação com os protestos".
"Pedimos a libertação imediata de todos os que se encontram arbitrariamente detidos, incluindo os que estão sendo julgados por tribunais militares", completa o comunicado.