Um avião israelense bombardeou neste sábado um setor da Síria de onde foram disparados 10 projéteis em direção às Colina de Golã, região ocupada por Israel, anunciou um porta-voz do Exército.
A Força Aérea israelense também atacou dois tanques do "governo sírio" na parte norte do Golã, acrescentou o porta-voz, que afirmou que os projéteis não deixaram vítimas.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o ataque matou dois soldados sírios.
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"Devido à inaceitável violação da soberania israelense, será dirigido um protesto oficial à UNDOF", a força da ONU encarregada de vigiar a zona desde 1974, afirmou o porta-voz israelense.
Também indicou que os disparos de projéteis eram produto de "combates internos na Síria", ou seja, que não tinham como objetivo o setor do Golã controlado por Israel.
Os disparos de foguetes ou projéteis procedentes da Síria costumam ocorrer regularmente nessa região, derivados dos confrontos entre as forças do governo de Bashar al-Assad e os grupos rebeldes.
O OSDH informou sobre violentos combates entre as forças do governo e os rebeldes na província de Quneitra, perto das Colinas de Golã.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyhau, afirmou que Israel não tolerará "nenhum disparo" contra o seu território. "Responderemos com força se nos atacarem", avisou, segundo um tuíte de seu porta-voz, Ofir Gendelman.
Israel ocupa desde 1967 cerca de 1.200 km2 das Colinas do Golã, uma decisão não reconhecida pela comunidade internacional. Cerca de 510 km2 seguem sob o controle sírio.
Tecnicamente, Israel e Síria continuam em estado de guerra.