O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do atentado terrorista em Londres ocorrido no sábado, que deixou 10 mortos, entre 7 vítimas e 3 suspeitos, além de 48 feridos – fontes médicas informaram que 21 feridos hospitalizados se encontram em estado grave e que 12 já deixaram o hospital.. A informação é da agência de notícias Amaq, do próprio EI.
Três homens atropelaram com uma van os pedestres na famosa London Bridge. Quando chegaram do outro lado do Rio Tâmisa, na região do Borough Market, desceram carregando facas e atacaram pessoas em restaurantes e na rua, esfaqueando as vítimas. Em menos de 10 minutos, policiais chegaram ao local e mataram os três terroristas. Os suspeitos estavam vestidos com roupas imitando homens-bomba. Uma testemunha disse à BBC que um dos terroristas gritou "isto é por Alá" enquanto atacava.
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Ao fim de uma reunião extraordinária de seu comitê de segurança, a primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que o país se enfrenta "uma nova forma de ameaça" nas quais os autores dos atentados "se copiam uns aos outros" e se inspiram na "malvada ideologia do extremismo islamita".
Segundo o jornal britânico The Guardian, o Conselho muçulmano da Grã-Bretanha (MCB) condenou o ataque e disse que iria lançar uma nova campanha para garantir que a atividade seja reportada à autoridades.
– Na noite passada, testemunhamos, mais uma vez, o horror infligido em nossas ruas. Esta é a terceira vez em alguns meses. Eles são verdadeiramente chocantes e nós o condenamos nos termos mais fortes – disse o secretário-geral da entidade, Harun Khan.
Khan acrescentou que o Reino Unido precisava "permanecer unido e, de nossa parte, em particular, podemos trabalhar mais para ajudar nossos jovens a se relacionarem com este país e a fé que tem as ferramentas para torná-los cidadãos modernos".
O representante disse ainda que a comunidade muçulmana como um todo não deve se desculpar por isso, porque apenas os atacantes eram responsáveis por suas ações.
– É dever de todo muçulmano falar contra esse tipo de injustiça. Não estou me desculpando pelo que fizeram e ninguém deveria pedir desculpas por eles, porque eles escolheram fazer alguma coisa. Mas o que eu posso fazer como cidadão e como muçulmano é condenar suas ações.