Mais de 4 mil juízes e promotores foram exonerados dos cargos na Turquia após a tentativa de golpe de Estado, em julho do ano passado. Segundo o Ministério da Justiça do país, todo o corpo judicial foi investigado para investigar possíveis vínculos com os supostos golpistas.
– Mais de 4 mil juízes e promotores foram demitidos no âmbito judicial por sua filiação às redes consideradas responsáveis pelo golpe frustrado – afirmou o ministro da Justiça, Bekir Bozdag. – Não há nenhum juiz ou promotor que não tenha sido investigado – completou.
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O governo turco iniciou um expurgo sem precedentes após a tentativa de golpe de Estado de 15 de julho, que atribuiu a Fethullah Gülen, um pregador exilado nos Estados Unidos e acusado de infiltração nas instituições turcas com a ajuda de uma ampla rede de fiéis. Gülen nega com veemência qualquer envolvimento na tentativa de golpe.
Mais de 100 mil pessoas foram demitidas, enquanto outras 47 mil foram detidas desde o ano passado.
Um relatório divulgado pela organização Anistia Internacional, na segunda-feira (22), acusa a Turquia de "demissões arbitrárias" e pede ao governo que instaure um mecanismo de apelação para as pessoas que, acredita, foram demitidas sem motivo.
*AFP