As forças iraquianas ampliaram a ofensiva contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI) com a abertura de uma nova frente de batalha, nesta quinta-feira (4), ao noroeste de Mossul – último reduto no Iraque dos jihadistas, que resistem há mais de sete meses.
O objetivo da operação é fechar o cerco à Cidade Antiga, onde os extremistas utilizam os moradores civis como escudos humanos. A ação tem como alvos três bairros da periferia ao noroeste da segunda maior cidade do Iraque.
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A Polícia Federal do país confirmou a operação, que acontece depois de uma pausa relativa nos combates ao redor da parte antiga da cidade, onde estão concentrados a maior parte dos jihadistas.
A polícia indicou que as forças iraquianas já libertaram na operação uma pequena localidade próxima, Hsunah, assim como uma fábrica de gás.
Respaldadas pela coalizão internacional antijihadista liderada pelos Estados Unidos, as forças iraquianas iniciaram em 17 de outubro a ofensiva para libertar Mossul, reduto iraquiano dos extremistas, que assumiram o controle da cidade em junho de 2014.
No fim de janeiro, as forças iraquianas conseguiram reconquistar a parte leste da cidade e, desde 19 de fevereiro, lutam para retomar a zona oeste, onde já conquistaram alguns bairros.
Uma ofensiva a partir do norte poderia deixar os extremistas encurralados nas ruas estreitas da cidade antiga, onde moram muitos civis, utilizados como escudos humanos. De acordo com a ONU até 400 mil civis estariam bloqueados na zona.
O ministério da Imigração iraquiano calcula em 600 mil o número de deslocados desde o início da ofensiva em Mossul. Muitos fugiram da zona oeste da cidade, onde os combates foram mais intensos que na parte leste, do outro lado do rio Tigre.
Dos 120 mil deslocados da zona leste, o ministério informou em um comunicado que apenas 42 mil ainda continuam em acampamentos da região de Mossul.
A conquista total de Mossul seria uma grande derrota para o EI, que controla apenas no Iraque poucas regiões, em sua maioria ao oeste de Bagdá. O grupo havia proclamado em 2014 um "califado" nas regiões sob seu controle no Iraque e Síria.
De acordo com as autoridades iraquianas, o EI controla menos de 7% do território do país. Em 2014 controlava um terço. Mesmo assim, os extremistas prosseguem com os ataques, como os atentados dos últimos dias contras as forças de segurança na província de Al-Anbar, no oeste do país.
*AFP