A Coreia do Norte lançou neste domingo um míssil de médio alcance, confirmou uma fonte da Casa Branca, depois que a Coreia do Sul anunciou o lançamento de um "projétil não identificado". O 10º lançamento desde o início do ano contribuiu para aumentar a tensão na península, de acordo com informações do Exército da Coreia do Sul.
O míssil lançado era de alcance menor que os utilizados nos três últimos testes feitos pelo país, informou a Casa Branca em um comunicado divulgado em Riad, na Arábia Saudita, onde o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, faz visita oficial.
– Este sistema, testado em fevereiro pela última vez, tem um alcance menor que os mísseis lançados pela Coreia do Norte em seus três últimos testes – afirmou a fonte americana, que se encontra na Arábia Saudita.
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Mais cedo, o Estado-Maior Conjunto sul-coreano indicou que não havia conseguido identificar o projétil, mas que tinha alcance de 500 quilômetros.
"A Coreia do Norte lançou esta tarde um projétil não identificado em Pukchang, na província de Pyongan, sul", afirma um comunicado.
Por enquanto, autoridades sul-coreanas estão descartando tratar-se de um míssil intercontinental, embora os sul-coreanos ainda estejam analisando o projétil e sua trajetória.
Em 2016, o regime de Pyongyang disparou dezenas de mísseis e executou dois testes nucleares em sua tentativa de desenvolver um MRBM com capacidade de transportar uma ogiva nuclear até o continente americano. O presidente americano Donald Trump afirmou que isto "não vai acontecer".
Pyongyang dispõe há algum tempo de mísseis com capacidade de atingir a Coreia do Sul (os Scud, com alcance de 500 km) e o Japão (os Rodong, com alcance entre 1.000 a 3.000 quilômetros).
O Hwasong-12 tem alcance estimado de 4.500 km e pode, em tese, atingir as bases americanas da ilha de Guam, no Pacífico.
Reunião de emergência
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deve realizar, na próxima terça-feira, uma reunião de emergência para discutir o teste realizado neste domingo.
O encontro foi convocado a pedido dos Estados Unidos, do Japão e da Coreia do Sul, segundo informação divulgada pela missão do Uruguai, que ocupa a presidência rotativa do órgão no mês de maio.