A Síria rebateu, nesta quinta-feira (27), as acusações da França que incriminam o regime de Bashar al-Assad por um suposto ataque químico contra a localidade rebelde de Khan Sheikhun, em 4 de abril. A ofensiva aérea atribuída ao governo sírio pela comunidade internacional deixou 88 mortos, incluindo 31 crianças.
"A Síria condena a campanha de engano, de mentiras e alegações inventadas pelo ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault", afirma um comunicado divulgado pela chancelaria síria.
Na quarta-feira (26), a partir de um relatório do serviço secreto, a França afirmou que o ataque com gás sarin em Khan Sheikhun tem a "assinatura" do regime sírio e demonstra que Damasco "ainda tem agentes químicos de guerra".
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A chancelaria síria afirmou que as acusações da França são "uma tentativa de esconder a verdade sobre este crime e seus autores".
"Isto representa uma violação das prerrogativas das organizações internacionais especializadas em armas químicas", diz a nota. "Estas alegações mostram sem a menor dúvida o envolvimento da França no planejamento deste crime no âmbito de sua cumplicidade na agressão contra a Síria".
Em 7 de abril, o governo dos Estados Unidos, que também atribui o ataque ao governo da Síria, bombardeou uma base aérea do regime em represália.
*AFP