O exército sírio "não usou e nunca utilizará" armas químicas contra o próprio povo, "nem mesmo" contra os rebeldes e jihadistas, garantiu, nesta quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem. A comunidade internacional acusa o governo sírio de ter executado um ataque químico que provocou ao menos 86 mortes – 30 crianças, na terça-feira.
– Posso garantir mais uma vez que o exército árabe sírio não usou e nunca utilizará este tipo de armas contra nosso próprio povo, contra as nossas crianças, nem mesmo contra os terroristas que mataram nosso povo – disse Muallem durante uma coletiva de imprensa, em Damasco.
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O ataque da última terça-feira ocorreu na cidade síria de Khan Sheikhun, que é controlada por rebeldes e jihadistas.
– O primeiro bombardeio realizado pela Força Aérea síria aconteceu às 11h30min (5h30min no horário de Brasília) contra um depósito de munições da Frente Al-Nusra (ex-braço militar da Al-Qaeda) e que continha substâncias químicas – disse o ministro sírio.
A explicação é similar à versão da Rússia, aliada do regime de Damasco.
O exército russo afirmou que a Força Aérea da Síria bombardeou um "depósito" dos rebeldes que armazenava "substâncias tóxicas". Na explosão, segundo Moscou, as substâncias foram dispersadas na atmosfera.
*Estadão Conteúdo