O ataque de um comando talibã contra uma base militar na região norte do Afeganistão durante o momento de oração deixou mais de 130 mortos e feridos, de acordo com um balanço provisório, a maioria deles jovens recrutas.
Em um comunicado, o ministério da Defesa afegão cita "ao menos 100 soldados mortos e feridos", no primeiro balanço divulgado pelas autoridades desde o fim do ataque cometido na sexta-feira à noite, durante cinco horas, por uma dezena de homens armados.
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Mas um oficial que estava na base atacada, do 209º corpo do exército, na região de Mazar-e-Sharif, falou à AFP que o ataque deixou "150 mortos e dezenas de feridos". Se este balanço for confirmado, seria o ataque mais violento no Afeganistão contra civis ou militares.
"Os insurgentes talibãs executaram um ataque coordenado contra a base militar, onde os soldados estavam reunidos para a oração, provocando mais de 100 mortos e feridos nas fileiras das Forças Armadas", afirma o comunicado ministerial.
Nos últimos atentados – incluindo um ataque contra o principal hospital militar do país, em Cabul – as autoridades foram acusadas de falta de transparência e de tentar minimizar os balanços. Um membro do conselho provincial, Zabihullah Kakar, anunciou que o ataque deixou "54 mortos e 58 feridos".
Os soldados foram atacados na mesquita durante a oração e no refeitório da base, indicou o general americano John Nicholson, que comanda a operação "Resolute Support" (Apoio Resoluto) da Otan no Afeganistão.
A intervenção das forças especiais afegãs conseguiu acabar com o ataque durante a noite, de acordo com Nicholson.
Os talibãs, que exigem a saída de todas as tropas estrangeiras do Afeganistão, reivindicara, rapidamente o ataque em um comunicado no qual mencionaram "dezenas de mortos".
No dia 8 de março, um ataque de mais de seis horas contra o hospital militar de Cabul, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, deixou 54 mortos, de acordo com o balanço oficial, e mais do que o dobro do número divulgado, segundo fontes das forças de segurança.