Dois jovens, de 23 e 29 anos, foram presos em Marselha, no sul do França, por suspeita de ligação com terrorismo, nesta terça-feira. De acordo com o ministro do Interior, Matthias Fekl, a dupla "radicalizada" tem nacionalidade francesa e planejava um atentado "nos próximos dias em solo francês". Eles foram detidos pelos serviços de inteligência em uma investigação por associação terrorista.
As prisões ocorrem a cinco dias do primeiro turno das eleições presidenciais na França. Durante revistas policiais em Marselha, armas e material para explosivos foram encontrados.
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De acordo com Fekl, nas buscas em Marselha, foram encontrados "elementos que permitiriam materializar este ataque". O ministro acrescentou que estavam sendo realizadas no local "operações de segurança e de desminagem".
Suspeitos já haviam sido presos
Os dois homens, vigiados pela polícia por radicalização, já haviam sido presos por outros delitos sem relação com o terrorismo, de acordo com uma fonte próxima à investigação.
– Tudo está pronto para garantir a segurança do primeiro turno da eleição presidencial (em dia 23 de abril) – afirmou o ministro Fekl, ressaltando, contudo, que "o risco terrorista é maior do que nunca".
Fotos dos dois homens detidos nesta terça foram distribuídas pelos serviços de segurança dos candidatos às eleições presidenciais na semana passada.
– Meu serviço de segurança recebeu as fotos na quinta – segundo a ultradireitista Marine Le Pen, enquanto que um assistente do centrista Emmanuel Macron também confirmou tê-las recebido.
O conservador François Fillon também foi alertado sobre a ameaça, afirmou um assistente.
Mais de 50 mil policiais e gendarmes, apoiados por militares da operação Sentinela, serão mobilizados para garantir a segurança durante a votação de domingo, principalmente nos arredores dos 67 mil colégios eleitorais franceses.
*AFP