O presidente americano, Donald Trump, disse neste fim de semana ao presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que trabalhará com Kiev e Moscou para tentar pôr fim ao banho de sangue na Ucrânia.
A conversa aconteceu após uma semana de confrontos em torno da cidade industrial de Avdiivka, que causou a morte de pelo menos 35 pessoas.Tratam-se dos confrontos mais graves desde que foi decretado um cessar-fogo "ilimitado" no fim de dezembro, e do balanço mais grave desde o período mais violento da guerra, em 2014 e 2015.
O governo ucraniano e a União Europeia (UE) acusam a Rússia de apoiar militarmente os separatistas, o que Moscou nega.
A esperança de Poroshenko de obter dos Estados Unidos o mesmo apoio e compromisso conquistados durante o mandato de Barack Obama foi frustrada pelas declarações de Trump.
"Trabalharemos com a Ucrânia, Rússia e outras partes envolvidas para ajudá-las a restabelecer a paz na fronteira", disse Trump, citado pela Casa Branca.
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Poroshenko quis destacar a parte positiva da conversa. Seu gabinete afirmou que "ambas as partes expressaram preocupação com a escalada da violência e a deterioração da situação humanitária".
Além disso, ambos os presidentes foram favoráveis a "fomentar o diálogo com o novo governo americano em todos os níveis".
A conversa seguiu a que tiveram por telefone Trump e Putin em 28 de janeiro, que ambas as partes classificaram de construtiva.
O conflito entre os separatistas pró-Rússia e o Exército ucraniano já deixou mais de 10 mil mortos desde o seu início, em abril de 2014, consequência da chegada de um governo pró-ocidental a Kiev e da anexação da península da Crimeia pela Rússia.