A Casa Branca impediu, nesta sexta-feira, e entrada de jornalistas de pelo menos quatro veículos americanos – CNN, The New York Times, Los Angeles Times e o site Politico – na entrevista coletiva diária dada pelo porta-voz Sean Spicer. As publicações foram recentemente criticadas pelo presidente Donald Trump, que, durante um evento nesta sexta-feira, voltou a atacar a mídia. As informações são da Folha de S.Paulo.
O republicano disse que alguns meios de comunicação se prestam ao papel de divulgadores de notícias falsas, as chamadas fake news. Ele observou que há repórteres honestos, mas que muitos são mentirosos.
– Eles são inimigos do povo – comentou, referindo-se pela terceira vez publicamente à imprensa e aos jornalistas do país.
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Trump também criticou o uso do anonimato e falou que as fontes devem ser nomeadas ao serem usadas pela imprensa.
Ainda no encontro, o presidente americano defendeu o nacionalismo e afirmou que representa os EUA, não o mundo.
– Eu não estou representando o globo, estou representando o nosso país.
A Convenção Anual da Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês) é considerada o evento mais importante para os republicanos e demais conservadores do país. O evento ocorre em Oxon Hill, Maryland.
Na edição do ano passado Trump foi criticado, na época da pré-campanha eleitoral, mas agora foi prestigiado ao ser escolhido como orador. Segundo a imprensa norte-americana, a última vez que um presidente foi convidado para a CPAC no primeiro ano de seu mandato foi em 1981, com Ronald Reagan.
No discurso, Trump também reforçou suas promessas de construir um muro no México e endurecer as diretrizes sobre deportação de imigrantes irregulares. Ele voltou a enfatizar o seu slogan de campanha "Make America Great Again" (Tornar a América Grande de Novo), mas pontuou que isso será para os "cidadãos do país em primeiro lugar".
FBI
Pela manhã, antes da convenção, Trump havia criticado o FBI (a polícia federal americana), pelo vazamento de informações à mídia no Twitter. Ele escreveu que o órgão é "incapaz" de evitar a ação de pessoas de dentro da instituição que fazem chegar informações até a imprensa.
Na visão do magnata republicano, o vazamento de informações é um problema para a segurança do país. Em um dos últimos episódios de material investigado pelo FBI e publicado pela imprensa, o The New York Times teve acesso a um relatório com investigações sobre o contato de assessores da campanha eleitoral de Trump com funcionários do governo russo, um ano antes das eleições.
*Com informações da Folha de S.Paulo e da AFP